Toda criança brinca. Para ter um desenvolvimento adequado de
sua saúde física, emocional e intelectual, ela precisa brincar.
O brincar é indispensável para que a criança adquira um
completo desenvolvimento, solte a imaginação, a criatividade. É através da
brincadeira que a criança experimenta, inventa, descobre e exercita suas
habilidades.
Além da motricidade, que é desenvolvida quando a criança
corre, pula, sobe em árvores e manipula objetos, por exemplo, outros aspectos
também se desenvolvem na brincadeira. É o caso do vocabulário, quando a criança
aprende novas palavras com os jogos ou outras crianças; da diferenciação
visual, ao observar semelhanças e diferenças; da percepção auditiva e tátil,
com a discriminação de sons e objetos; da observação, atenção, concentração e
do interesse e prazer em descobrir o mundo.
E os benefícios não param por aí. Brincando de “faz de
conta” a criança simboliza, representa papéis, recria situações. Ela traz para
perto de si uma situação vivida e a adapta à sua realidade e necessidade
emocional.
É no “faz de conta” que a criança pode realizar atividades
próprias do mundo do adulto, o que facilita seu ingresso nesse mundo
futuramente.
Conforme a criança vai crescendo, começa a incluir outras
pessoas em suas brincadeiras, e assim as regras surgem. Conviver (e brincar)
com o outro exige que se respeitem limites.
Quando a criança aprende a respeitar as regras do jogo, o
relacionamento dela com outras crianças, e mesmo com adultos, melhora, porque
ela compreende que existem regras a serem seguidas na vida real, e que deve
respeitar o espaço do outro.
Brincando em grupo as crianças também aprendem a dividir, a
esperar a sua vez e a lidar com a frustração quando perdem.
Uma outra importância da brincadeira é que, através dela, a
criança pode dar vazão aos seus desejos, conflitos e vivências. Ela se liberta
de ansiedades e angústias e adquire sensações de bem estar e equilíbrio.
A participação do adulto na brincadeira é muito importante,
porque eleva o interesse, enriquece e contribui para o esclarecimento de
dúvidas, além de reforçar os laços afetivos.
Porém, deve ficar claro que não cabe ao adulto interromper o
pensamento da criança, querer mudar as regras ou mandar na brincadeira. Sua
participação é para ouvir, motivar e simplesmente para brincar.
Quando se é “gente grande”, a gente aprende a agir como os
outros esperam que a gente aja. Aprende a não chorar quando se machuca, a não
rir descaradamente, a se controlar. Gente grande se acostuma a não mostrar sua
visão, seus sentimentos.
Em contrapartida, criança não se importa de chorar quando
sente dor e rir 5 minutos depois; não se envergonha de dizer que não sabe e
quer aprender, nem de conversar com boneca ou cachorro. A criança fantasia,
sonha, sente, vive.
Claro que cada coisa tem seu tempo e que a mudança faz parte
da vida, mas sente às vezes para brincar com uma criança. Além de estar
contribuindo para uma infância saudável e feliz, certamente você irá se
divertir muito e voltar a sonhar.
Então, vamos brincar?
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