sábado, 5 de outubro de 2013

Como tirar a chupeta e a mamadeira das crianças?

Os especialistas são unânimes em ressaltar a importância do aleitamento materno para o bom desenvolvimento físico e emocional das crianças. Já a dupla Chupeta e Mamadeira costuma gerar polêmica.

Alguns defendem a ideia de nunca apresentar a dupla às crianças, já que traz tantos riscos à saúde. Acreditam que o colo acalma mais que a chupeta e que a criança pode passar do seio diretamente para a alimentação sólida. Outros acreditam que esses apetrechos, além de facilitar a vida das mães, não são tão maléficos assim, desde que usados com moderação e até determinada idade.

Acredito que essas discussões não nos levam a lugar algum, então, vamos deixá-las de lado e ir direto aos fatos: a absoluta maioria das crianças entra em contato com a mamadeira, a chupeta ou ambas em algum momento da infância, principalmente porque a cada dia as mães dispõem de menos tempo para se dedicar a elas. Mas e como se livrar da chupeta e da mamadeira?


Chupeta

Durante os primeiros anos de vida, os bebês levam à boca tudo o que encontram pelo caminho. Nada mais natural, pois nessa fase é assim que descobrem a si mesmas e o mundo.

Além disso, a sucção é um reflexo que está presente desde o quinto mês de vida intrauterina e existe, justamente, para que o bebê já "nasça sabendo mamar". E por estar relacionado à nutrição e ao aconchego materno, o ato de sugar é extremamente prazeroso ao bebê.

Por esse motivo pode-se atribuir à chupeta um "efeito calmante". Ela satisfaz a necessidade de sucção e ajuda a tranquilizar o bebê quando ele sente falta da mãe, está cansado ou triste. Somando-se a isso, existe o fato de que, sendo a sucção um reflexo, na ausência da chupeta a criança tende a chupar o dedo, a pontinha do cobertor ou a mãozinha do ursinho de pelúcia, que são hábitos muito menos saudáveis.


No entanto, o ideal é não exagerar no uso da chupeta. Ela não deve ser utilizada como substituta da mãe ou para calar o bebê quando ele chora. É necessário entender os motivos que levam ao choro, afinal, mais do que da chupeta, a criança precisa de aconchego, afeto e segurança.

Vale ainda lembrar dos danos causados pelo uso da chupeta. Após o segundo ano ela pode influenciar negativamente no desenvolvimento da arcada dentária, além de dificultar a articulação das palavras.

Assim, a partir do primeiro aniversário da criança, as mães devem aproveitar as condições favoráveis para essa retirada, afinal, nessa fase ela já começa a se comunicar, se locomover sozinha, e tem outros interesses além da chupeta.

Um cuidado importante é escolher um momento de estabilidade emocional, ou seja, quando a criança não estiver vivendo nenhuma grande mudança na rotina, como a chegada de um irmãozinho ou a primeira ida à escola.

Tirar chupeta e mamadeira ao mesmo tempo também não dá certo. O melhor é começar com aquela que a mãe considerar que a criança sentirá menos falta, e só depois tirar a outra.

Na retirada da chupeta, a primeira modificação deve ser em relação ao comportamento dos pais em não ceder ao impulso de colocá-la na boca da criança logo que ela ameaça chorar.

O melhor é tirar primeiro a chupeta na hora das atividades e deixá-la apenas na hora de dormir ou do descanso, devendo ser retirada gradualmente. À noite também vale a pena substituir a chupeta por um brinquedo macio e aconchegante que faça companhia à criança durante o sono.

Mesmo tomando esses cuidados, é claro que essa mudança não será a mais fácil do mundo. A criança vai chorar, fazer beicinho e pedir incansavelmente pela chupeta. Com o tempo, esses comportamentos tendem a desaparecer e a criança a se acostumar. Caso isso não aconteça, tente reavaliar. Será que o choro e a manha não são sinais de ansiedade, ciúmes ou necessidades de atenção e carinho? Neste caso, procure suprir tais necessidades e, aí sim, certamente essa mudança poderá ser vivenciada tranquila e naturalmente.

Mamadeira

E quanto à mamadeira? Como já foi dito, todos conhecem a importância do aleitamento materno, mas como – infelizmente – hoje em dia as mulheres não têm mais oportunidade de passar o tempo todo com os filhos, nem mesmo quando eles acabaram de nascer, a amamentação tem se tornado cada vez mais escassa, dando espaço à mamadeira.

Além disso, chega um momento, após o sexto mês de vida, que o leite não é mais capaz de suprir todas as carências nutricionais do bebê, que são cada vez maiores devido ao seu ritmo de crescimento.

Esse processo, conhecido como desmame, é bastante lento. Inicia-se com a introdução de outros alimentos na nutrição do bebê e deve acabar lá pelos dois anos, quando ele para definitivamente de mamar, seja no peito ou na mamadeira.

Depois de muito tempo, os especialistas (pediatras e nutricionistas) mudaram as orientações sobre a forma de oferecer os novos alimentos à criança. E aí vão algumas dicas:

- Quando amamentada no peito, mesmo os sucos só são necessários após o sexto mês, salvo orientação médica. Ou seja, até essa idade seu bebê passa bem apenas com o leite.

- As papas não devem ser líquidas, mas pastosas. Depois devem ser apenas amassadas levemente, até que o bebê consiga mastigar alimentos cada vez mais sólidos.

- Oferecer apenas sopas não vale, porque a criança tem que ir conhecendo o sabor diferenciado de cada alimento.

Após a introdução de novos alimentos a criança já não tem necessidade de todas as mamadeiras, então pode-se começar a retirada, que deve ser semelhante à da chupeta, ou seja, gradual e ocorrer num momento em que a criança esteja emocionalmente estável. Isso quer dizer que não dá para tirar a mamadeira no mesmo momento que a chupeta, nem quando a mãe vai voltar a trabalhar, afinal seriam muitas mudanças e perdas ao mesmo tempo.

Como a primeira e a última mamadeira do dia são as mais difíceis de tirar, é mais fácil retirar primeiro as intermediárias.

Tanto para estas como para a primeira e a última, a regra é a mesma: dissociar a alimentação da mamadeira.
Para tornar mais atraente, utilize canecas e copinhos diferentes, e ofereça não apenas leite, mas vitaminas, iogurte ou leite com cereais. E mantenha-se firme: se quiser o delicioso leite com cereal, tem que tomar na caneca.

Acostumar a criança a fazer todas as refeições, inclusive o café da manhã, com a família também é positivo, já que ela terá o modelo de todos alimentando-se adequadamente.

A variedade de alimentos oferecidos também é importante, pois permite que a criança descubra os diversos sabores, cores, texturas, temperaturas e formas dos alimentos, o que se torna extremamente atrativo.

Mostrar à criança as vantagens de estar crescendo, ou seja, deixando a mamadeira e a chupeta e utilizando pratos e copos, alimentando-se com a família, comendo as mesmas coisas gostosas que todos comem, também funciona. Mas é preciso atentar para que o crescimento da criança não seja confundido pelos pais como independência ou menor necessidade de carinho e atenção. É justamente nessa hora que ela precisa da segurança e do carinho dos pais para que mais esta etapa transcorra de maneira saudável tanto para a criança como para seus pais.

http://idmed.terra.com.br/saude-de-a-z/saude-da-crianca-e-do-adolescente/como-tirar-a-chupeta-e-a-mamadeira-das-criancas.html

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