Até aproximadamente
1950, a criança era vista como um selvagem a ser civilizado pelos adultos, que
tudo sabiam. De repente, tudo mudou. Nos anos 60 e 70 imperava a teoria de que
só o amor fazia uma criança crescer feliz e emocionalmente equilibrada. Era um
tempo em que o querer da criança era aceito incondicionalmente (mesmo que com
birras e pontapés).
Hoje em dia o desafio dos pais é
encontrar um ponto de equilíbrio entre a autoridade e a liberdade na educação
dos filhos e, dentro deste aspecto, mil facetas poderiam ser abordadas. Dedico-me, hoje, a falar sobre os “limites” na educação.
Para impor limites não basta falar com
autoridade, é preciso colocar regras claras e fazê-las valer. Ë preciso ter
paciência para dizer “não” tantas vezes quanto necessário. A criança vai fazer
cara feia, espernear, dizer que não ama mais os pais, mas essa é a hora de
mostrar quem dá as cartas.
Porém, são raros os pais que conseguem
fazer isso. Geralmente cedem desde que o filho ainda é bebê e basta que chore
no berço para que, rapidamente, eles peguem-no no colo e levem-no para dormir
na cama do casal.
Como tudo na vida, impor limites também é uma
questão de bom senso. Castigos e imposições não tem utilidade se, na relação
com os filhos não houver diálogo, compreensão e carinho.
Embora seja difícil, os benefícios de
colocar limites compensam, tanto para a segurança física da criança (quando
impedimos que coloque o dedo na tomada), quanto na vida social, onde nem tudo o
que acontece é na hora e do jeito que queremos.
Nenhuma criança, por mais
inteligente que seja, pode educar a si mesma e preparar-se para a vida adulta.
Esse papel pertence aos pais. Embora nenhum pai ou mãe saiba a “fórmula”
correta para transformar os filhos em pessoas felizes, a única fórmula segura,
é fazer tudo com amor e carinho, e, em alguns casos, a psicoterapia pode
auxiliar os pais nessa difícil arte de educar.
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