De repente
tudo começa a mudar. Surgem o mau-humor constante, as respostas grosseiras, as
contestações, os bate-bocas sem propósito. Tudo o que você fala ou faz é
desaprovado, criticado.
É fácil
entender o quanto a adolescência é difícil para os jovens, frente a tantas
modificações físicas, intelectuais, afetivas e sociais. Mas também o é para os
pais, que além de sentirem-se ignorados, agredidos, se perguntam: Como lidar com essa fase, com o problema da
violência, das drogas, das agressões, dos medos, da sexualidade exacerbada, da
independência?
Embora delicada,
essa fase passa. Isso é que é o bom: saber que, com o tempo, passa.
Uma das
coisas mais complicadas é entender e aceitar o processo de crescimento e
independência dos filhos.
Você
acostumou-se com o olhar de carinho e confiança de seu filho dizendo: “Minha mãe que disse”, o que era
suficiente para ser considerado “verdade absoluta”. Ele acostumou-se com alguém
que acariciou, consolou, cuidou, contou histórias, brincou, protegeu. Por isso
esse rompimento é tão difícil.
Ser pai de
adolescente é saber “tirar o time de campo” na hora certa. É aprender a
compreender, apoiar, dialogar, sem acobertar, superproteger.
Desde que os
filhos não estejam fazendo nada que seja realmente prejudicial, o que os pais
precisam é apenas entender que os filhos cresceram e aceitá-los como pessoas
diferenciadas, muitas vezes totalmente diferentes do que almejaram os pais.
Como disse
Kallil Gibran, “Teus filhos não são teus
filhos, são filhos e filhas da vida, anelando a si própria. Embora estejam
contigo, a ti não pertencem.”
Mas se
vocês, pais, tiverem desenvolvido conceitos de dignidade, honestidade, respeito
a si mesmo e aos outros, certamente essa fase transcorrerá com mais facilidade
e sua maior tarefa terá sido cumprida: a de educar e preparar seu filho para o
futuro, para a vida.
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